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segunda-feira, 16 de junho de 2008

A SOLIDÃO E O AFETO



Parecíamos distantes um do outro.
Contudo bastou apenas um olhar
mais profundo, para que um suave aroma
da rosa rubra dos corações,
nos aproximasse em doce sintonia.
Dizes que suguei a tua solidão,
com a beleza do afeto e pura magia.
Mas nem sabes meu querido,
quantas vezes me senti sózinha.
Enquanto as minhas palavras alentavam
as pessoas, meu eu interior sussurrava,
da minha solidão, da falta do toque viril,
do abraço e do beijo que não aconteciam.
Os dias passando, arrastados em ilusões
passageiras que surgem sem deixar rastro.
Efêmeras quimeras de um mundo virtual,
que se alimenta das carências diversas....
Mas o amor, ah! este enigmático sentimento
que aparece piscante numa sutil promessa,
nem sempre se desvela e às vezes se esconde,
em fugidias intenções que logo fenecem...
E assim vamos acinzentando as emoções.
O receio passa a tomar conta dos gestos,
e quando surgem olhos que nos veem diferentes,
lançamos a dúvida, a nossa incerteza se revela...
E só uma pessoa de alma nobre e destemida,
espera pacientemente que se recolha a rosa
e se leve à altura do peito, sentindo o doce perfume,
de momentos que prometem delírios e delícias.
Agora busco a tua presença, o teu alento,
parte do meu sonho mora em teu sentir..
Não te roubarei mais as noites insones,
porque estaremos juntos nos sonhos.
Não esqueças mais da tua razão nem de viver
Lerás nos meus olhos a ternura desprendida
ouvirás as doces e encantadoras palavras,
que só os corações apaixonados sabem dizer.
Sei como ninguém mais, o quanto valorizas
sentir o perfume da flor, da poesia, do diálogo.
A alegre felicidade sempre te rodeia, assim como
o sorriso da criança te encanta e mais ainda,
sentir o beijo da mulher tantas vezes sonhada.


Guida Linhares
Santos/SP/Brasil
16/06/08
***

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